o sonho pede-me mais do que vivo,
e custa ser-se mais do que menos:
viver em sonos tão serenos,
é só tudo aquilo que consigo...
a verdade é mais triste e leal,
e adormece o morno acordar,
mas quer dormir, recordar, sonhar, um sono tão puro e irreal
e o pesadelo delicioso da minha vida,
que me acalma na mudez da minha insónia,
embravece a minha alma afónica, a minha tristeza enraivecida.
então, mistura-se o mau com o bom:
a raiva, a alegria, o poder, a rendição,
confundem-se com o espírito, o coração, a ausência e excesso de som,
o tempo perde-se em si,
enfraquecido, descontrolado, desnorteado, embriagado, esquecido...
do passado, do presente e do futuro,
e morre no seu próprio sonho, triste e comovido.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
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