não posso adiar o amor para outro século
não posso...
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes: amor e ódio
não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
não posso adiar o coração
António Ramos Rosa
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário