sometimes in life you'll cross with a shooting star.
a comet that is crossing the universe,
leaving a trail of light for everyone to see and admire
but not really stopping anywhere.
a beautiful burning flame
doomed to travel to infinity.
it may impact your life [or not],
give yourself some sense of direction,
or just light you when you need it,
and bring you faith in a bigger plan
but you'll never be able to stop it
nor to change its direction,
there is nothing you can really do,
but to let it fulfil its destiny
alone,
and watch the light fade away…
domingo, 31 de maio de 2009
sábado, 30 de maio de 2009
in the dark
in the darkness,
my hands seek yours,
making sure you're there
making sure you're real.
in the darkness,
my hands find yours,
and they don't want to let go
my hands seek yours,
making sure you're there
making sure you're real.
in the darkness,
my hands find yours,
and they don't want to let go
sexta-feira, 29 de maio de 2009
human
i did my best to notice
[following you to whatever pit you'd go]
[and] when the call came down the line
[i was brought] up to the platform of surrender
[giving up whatever pride was left]
i was brought[...] but I was kind
[you see] sometimes I get nervous
when I see an open door
[the reason is that I never truly believe
that the best can come to me,
and it scares me to close the past]
[but] close your eyes, clear your heart
cut the cord, [and take the leap]
pay my respects to grace and virtue
[they've disappointed me to believe]
send my condolences to good
give my regards to soul and romance
they always did the best they could
and so long to devotion
you taught me everything I know
will your system be alright
[will your heart choose to see]
[and] when you dream of home tonight,
[will your steps lead to me?]
[this] is no message we're receiving
[and the path to happiness is bleeding]
let me know, is your heart still beating?
[after all,] are we human or are we denser?
my sign is vital, my hands are cold
and I'm on my knees looking for the answer
you've gotta let me know
[following you to whatever pit you'd go]
[and] when the call came down the line
[i was brought] up to the platform of surrender
[giving up whatever pride was left]
i was brought[...] but I was kind
[you see] sometimes I get nervous
when I see an open door
[the reason is that I never truly believe
that the best can come to me,
and it scares me to close the past]
[but] close your eyes, clear your heart
cut the cord, [and take the leap]
pay my respects to grace and virtue
[they've disappointed me to believe]
send my condolences to good
give my regards to soul and romance
they always did the best they could
and so long to devotion
you taught me everything I know
will your system be alright
[will your heart choose to see]
[and] when you dream of home tonight,
[will your steps lead to me?]
[this] is no message we're receiving
[and the path to happiness is bleeding]
let me know, is your heart still beating?
[after all,] are we human or are we denser?
my sign is vital, my hands are cold
and I'm on my knees looking for the answer
you've gotta let me know
recorte
Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remunerada de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega do lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor, é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar... Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa, é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai pelos parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida, para de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.
Artur da Távola
Quem não tem namorado é quem não tem amor, é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar... Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes, mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa, é quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugida ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora em que passa o filme, de flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai pelos parques, fliperamas, beira d’água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem gosta sem curtir, quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida, para de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.
Artur da Távola
quinta-feira, 28 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
petit prince (III)
Si quelqu'un aime une fleur qui n'existe qu'à un exemplaire dans les
millions et les millions d'étoiles, çà suffit pour qu'il soit heureux
quand il les regarde"
( [...] Mais si le mouton mange la fleur, c'est pour lui comme si,
brusquement, toutes les étoiles s'éteignaient!)
millions et les millions d'étoiles, çà suffit pour qu'il soit heureux
quand il les regarde"
( [...] Mais si le mouton mange la fleur, c'est pour lui comme si,
brusquement, toutes les étoiles s'éteignaient!)
terça-feira, 26 de maio de 2009
ao volante
na estrada de Sintra, perto da meia-noite, ao luar, ao volante,
na estrada de Sintra, que cansaço da própria imaginação,
na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim...
Álvaro de Campos
(Fernando Pessoa)
na estrada de Sintra, que cansaço da própria imaginação,
na estrada de Sintra, cada vez mais perto de Sintra,
na estrada de Sintra, cada vez menos perto de mim...
Álvaro de Campos
(Fernando Pessoa)
treasure
o meu tesouro és tu
eternamente tu
não há passos divergentes
para quem se quer encontrar...
eternamente tu
não há passos divergentes
para quem se quer encontrar...
sexta-feira, 22 de maio de 2009
para ser grande
para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.
sê todo em cada coisa.
põe [tudo] quanto és
no mínimo que fazes.
assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa
teu exagera ou exclui.
sê todo em cada coisa.
põe [tudo] quanto és
no mínimo que fazes.
assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.
Fernando Pessoa
quinta-feira, 21 de maio de 2009
shadow
whatever i do, i’m misread,
whatever i say, You don’t trust me,
whatever i think, i must have something else in my mind,
whatever is wrong, is my fault,
whoever i am, i’m never good enough,
don’t know if You expected someone else,
don’t know if the expectations were too high,
or just that your ghosts and fears are so great,
that the world around is always poisoned.
i’ve opened my heart, been truthful, cared
tried to save You from darkness,
from bitterness,
took whatever hits i could take,
so that You wouldn’t be hurt,
i always stood by You, and defended You,
even when You don’t understand neither how nor why i do it,
even when You ran away,
even when You hurt me…
but i was never enough,
everything i did was tainted, corrupted or poisoned,
either by others or by yourself [i’ll never know]
everything was a test, which was set for me to lose
[whatever the outcome i always lost],
i could have never been the man you wanted,
‘cause You never really looked at me
i may not be the one,
i may have failed massively,
but i loved You from the start
whatever i say, You don’t trust me,
whatever i think, i must have something else in my mind,
whatever is wrong, is my fault,
whoever i am, i’m never good enough,
don’t know if You expected someone else,
don’t know if the expectations were too high,
or just that your ghosts and fears are so great,
that the world around is always poisoned.
i’ve opened my heart, been truthful, cared
tried to save You from darkness,
from bitterness,
took whatever hits i could take,
so that You wouldn’t be hurt,
i always stood by You, and defended You,
even when You don’t understand neither how nor why i do it,
even when You ran away,
even when You hurt me…
but i was never enough,
everything i did was tainted, corrupted or poisoned,
either by others or by yourself [i’ll never know]
everything was a test, which was set for me to lose
[whatever the outcome i always lost],
i could have never been the man you wanted,
‘cause You never really looked at me
i may not be the one,
i may have failed massively,
but i loved You from the start
quarta-feira, 20 de maio de 2009
thunder road
the screen door slams
Mary' dress waves
like a vision she dances across the porch
as the radio playsRoy Orbison singing for the lonely
hey that's me and I want you only
don't turn me home again
I just can't face myself alone again
don't run back inside
darling you know just what I'm here for
so you're scared and you're thinking
that maybe we ain't that young anymore
show a little faith there's magic in the night
you can hide 'neath your covers
and study your pain
make crosses from your lovers
throw roses in the rain
waste your summer praying in vain
for a saviour to rise from these streets
well now I'm no hero
that's understood
all the redemption I can offer girl
is beneath this dirty hood
with a chance to make it good somehow
hey what else can we do now ?
except roll down the window
and let the wind blow
back your hair
well the night's busting open
these two lanes will take us anywhere
we got one last chance to make it real
to trade in these wings on some wheels
climb in back
heaven's waiting on down the tracks
and I know you're lonely
for words that I ain't spoken
but tonight we'll be free
all the promises'll be broken
there were ghosts in the eyes
of all the boys you sent away
they haunt this dusty beach road
in the skeleton frames of burned out Chevrolets
they scream your name at night in the street
your graduation gown lies in rags at their feet
and in the lonely cool before dawn
you hear their engines roaring on
but when you get to the porch they're gone on the wind
so Mary climb in
it's a town full of losers
and I'm pulling out of here to win
Mary' dress waves
like a vision she dances across the porch
as the radio playsRoy Orbison singing for the lonely
hey that's me and I want you only
don't turn me home again
I just can't face myself alone again
don't run back inside
darling you know just what I'm here for
so you're scared and you're thinking
that maybe we ain't that young anymore
show a little faith there's magic in the night
you can hide 'neath your covers
and study your pain
make crosses from your lovers
throw roses in the rain
waste your summer praying in vain
for a saviour to rise from these streets
well now I'm no hero
that's understood
all the redemption I can offer girl
is beneath this dirty hood
with a chance to make it good somehow
hey what else can we do now ?
except roll down the window
and let the wind blow
back your hair
well the night's busting open
these two lanes will take us anywhere
we got one last chance to make it real
to trade in these wings on some wheels
climb in back
heaven's waiting on down the tracks
and I know you're lonely
for words that I ain't spoken
but tonight we'll be free
all the promises'll be broken
there were ghosts in the eyes
of all the boys you sent away
they haunt this dusty beach road
in the skeleton frames of burned out Chevrolets
they scream your name at night in the street
your graduation gown lies in rags at their feet
and in the lonely cool before dawn
you hear their engines roaring on
but when you get to the porch they're gone on the wind
so Mary climb in
it's a town full of losers
and I'm pulling out of here to win
acordar
o sonho pede-me mais do que vivo,
e custa ser-se mais do que menos:
viver em sonos tão serenos,
é só tudo aquilo que consigo...
a verdade é mais triste e leal,
e adormece o morno acordar,
mas quer dormir, recordar, sonhar, um sono tão puro e irreal
e o pesadelo delicioso da minha vida,
que me acalma na mudez da minha insónia,
embravece a minha alma afónica, a minha tristeza enraivecida.
então, mistura-se o mau com o bom:
a raiva, a alegria, o poder, a rendição,
confundem-se com o espírito, o coração, a ausência e excesso de som,
o tempo perde-se em si,
enfraquecido, descontrolado, desnorteado, embriagado, esquecido...
do passado, do presente e do futuro,
e morre no seu próprio sonho, triste e comovido.
e custa ser-se mais do que menos:
viver em sonos tão serenos,
é só tudo aquilo que consigo...
a verdade é mais triste e leal,
e adormece o morno acordar,
mas quer dormir, recordar, sonhar, um sono tão puro e irreal
e o pesadelo delicioso da minha vida,
que me acalma na mudez da minha insónia,
embravece a minha alma afónica, a minha tristeza enraivecida.
então, mistura-se o mau com o bom:
a raiva, a alegria, o poder, a rendição,
confundem-se com o espírito, o coração, a ausência e excesso de som,
o tempo perde-se em si,
enfraquecido, descontrolado, desnorteado, embriagado, esquecido...
do passado, do presente e do futuro,
e morre no seu próprio sonho, triste e comovido.
very pinkish, but true
Mais vale chorar a tristeza de um amor perdido do que sonhar com um oásis que se transformou numa miragem
great stories
"So, you ask, why am I'm telling you a story without a great ending? Because, as in all great stories, the end is never where you expect it to be..."
segunda-feira, 18 de maio de 2009
repetido
terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo
mal de te amar neste lugar de imperfeição
onde tudo nos quebra e emudece
onde tudo nos mente e nos separa
Sophia de Mello Breyner
mal de te amar neste lugar de imperfeição
onde tudo nos quebra e emudece
onde tudo nos mente e nos separa
Sophia de Mello Breyner
sábado, 16 de maio de 2009
la chica de ayer
Un día cualquiera no sabes qué hora es, te acuestas a mi lado sin saber por qué.
Las calles mojadas te han visto crecer y con tu corazón estás llorando otra vez.
Me asomo a la ventana, eres la chica de ayer jugando con las flores en mi jardín.
Demasiado tarde para comprender, chica, vete a tu casa, no podemos jugar.
La luz de la mañana entra en la habitación, tus cabellos dorados parecen el sol.
Luego por la noche al Penta a escuchar canciones que consiguen que te pueda amar.
Me asomo a la ventana, eres la chica de ayer.
Demasiado tarde para comprender.
Mi cabeza da vueltas persiguiéndote.
Mi cabeza da vueltas…
Las calles mojadas te han visto crecer y con tu corazón estás llorando otra vez.
Me asomo a la ventana, eres la chica de ayer jugando con las flores en mi jardín.
Demasiado tarde para comprender, chica, vete a tu casa, no podemos jugar.
La luz de la mañana entra en la habitación, tus cabellos dorados parecen el sol.
Luego por la noche al Penta a escuchar canciones que consiguen que te pueda amar.
Me asomo a la ventana, eres la chica de ayer.
Demasiado tarde para comprender.
Mi cabeza da vueltas persiguiéndote.
Mi cabeza da vueltas…
quinta-feira, 14 de maio de 2009
she
simple, but complicated,
intelligent, but naïve,
innocent, but teasing,
sensitive, but tough,
strong minded, but with an open mind,
warm hearted, but cold to who doesn’t care,
pure, but sexy,
insecure, but confident,
extrovert, but reserved,
proud, but humble,
hurt, but smiling
ruthless, but forgiving
detached, but passionate,
funny, but serious,
loving, but free spirit,
lost, but determined,
lonely, but surrounded by friends [and more than that]
dreamily, but down-to-earth,
real, but magical
closed, but blooming
beautiful, no buts
intelligent, but naïve,
innocent, but teasing,
sensitive, but tough,
strong minded, but with an open mind,
warm hearted, but cold to who doesn’t care,
pure, but sexy,
insecure, but confident,
extrovert, but reserved,
proud, but humble,
hurt, but smiling
ruthless, but forgiving
detached, but passionate,
funny, but serious,
loving, but free spirit,
lost, but determined,
lonely, but surrounded by friends [and more than that]
dreamily, but down-to-earth,
real, but magical
closed, but blooming
beautiful, no buts
quarta-feira, 13 de maio de 2009
lost look
...e um olhar perdido é tão difícil de encontrar
[assim] como o é congregar
[os sete] ventos dispersos pelo mar
Ruy Belo
[assim] como o é congregar
[os sete] ventos dispersos pelo mar
Ruy Belo
steal my kisses
Now I've been around you for days
But when I'm leanin’ you just turn your head away
I know you didn't mean that
She said: I love the way you think but I hate the way you act
..and I always have to steal my kisses from you
But when I'm leanin’ you just turn your head away
I know you didn't mean that
She said: I love the way you think but I hate the way you act
..and I always have to steal my kisses from you
terça-feira, 12 de maio de 2009
singularity
something is about to change: i can feel the air around me cracking, as all the energy to create a life changing event is being withdrawn. concentrating into a single point. something is about to change, and is going to be big
in all major events of my life, i felt this.
right before the big traumas and the greatest joys: the death of my grandfather, the divorce of my parents, the nameless event, the prizes i won, the major conquests, and when i fell deeply in love. i felt them coming, but i never knew if they’d be good or bad
the wheels of fate are already moving. i can hear them.
the feeling you get just like when you see a riverbed holding back, getting dry, right before a giant wave, that will destroy everything around, comes;
the feeling you get when you hear an orchestra tuning up their instruments right before the most beautiful symphony you ever heard is played;
the feeling you get right before when you start a new journey with no clear destination, and you move into the unknown;
the feeling you get, when you realize that you will completely fall in love, and there is nothing you can do against it.
the momentum is growing, feeding itself.
it will concentrate itself, until it holds no more, and then explodes into a unique singularity that will lead me into a new stage of my life [if it will be good way or bad, I cannot really tell]
i’m only allowed know that everything that makes me be: all my personality, love, past experiences and knowledge, will be used [or tested]. And that the only way to move forward is to be true to myself: [to forget whatever conflicts may exist and,] fully use mind, heart, body and soul to face and experience what is coming
my soul grows restless, wandering and travelling all around the world seeking what lies ahead, while i stay calm, watching.
all my senses grow tense. i become edgy. I detach myself of everything unimportant. i bind myself, renew and hold on to everything that is. cleansing my fears: getting ready, watching, waiting, hearing, feeling.
something is about to change, to begin, to make me believe
i don’t know if it will be for the better or the worse,
but something is about to change, and is going to be big
in all major events of my life, i felt this.
right before the big traumas and the greatest joys: the death of my grandfather, the divorce of my parents, the nameless event, the prizes i won, the major conquests, and when i fell deeply in love. i felt them coming, but i never knew if they’d be good or bad
the wheels of fate are already moving. i can hear them.
the feeling you get just like when you see a riverbed holding back, getting dry, right before a giant wave, that will destroy everything around, comes;
the feeling you get when you hear an orchestra tuning up their instruments right before the most beautiful symphony you ever heard is played;
the feeling you get right before when you start a new journey with no clear destination, and you move into the unknown;
the feeling you get, when you realize that you will completely fall in love, and there is nothing you can do against it.
the momentum is growing, feeding itself.
it will concentrate itself, until it holds no more, and then explodes into a unique singularity that will lead me into a new stage of my life [if it will be good way or bad, I cannot really tell]
i’m only allowed know that everything that makes me be: all my personality, love, past experiences and knowledge, will be used [or tested]. And that the only way to move forward is to be true to myself: [to forget whatever conflicts may exist and,] fully use mind, heart, body and soul to face and experience what is coming
my soul grows restless, wandering and travelling all around the world seeking what lies ahead, while i stay calm, watching.
all my senses grow tense. i become edgy. I detach myself of everything unimportant. i bind myself, renew and hold on to everything that is. cleansing my fears: getting ready, watching, waiting, hearing, feeling.
something is about to change, to begin, to make me believe
i don’t know if it will be for the better or the worse,
but something is about to change, and is going to be big
segunda-feira, 11 de maio de 2009
estórias de amor - a farda [plágio descarado]
A noite fazia-se quente à medida que avançava. Naquele lugar à Beira-Tejo não era só a temperatura a subir. Havia Fiats e Fords, pequenos automóveis com donos sem dinheiro para pagar a gasolina, vidros embaciados e o lugar de trás ocupado. Ela era uma dessas raparigas no início da juventude, apaixonada, a descobrir um mundo a que muitos chamavam sexo mas que ela insistia em dizer que não era mais do que amor verdadeiro. No banco de trás, saia arregaçada numa lua de Verão, ele por baixo dela e ela ao colo dele. Encaixavam os corpos como podiam e não queriam saber que posições mantinham os do carro do lado, porque ninguém se importava com ninguém, quando o que importava era o que se passava dentro de portas e de vidros lisos. Tomara que fossem foscos. Respiravam fundo e entregavam palavras de gozo um ao outro. A saia cobria parte das pernas e as sandálias de salto há muito rodavam perto dos tapetes, descalças. Ele tinha os jeans a meio corpo, desapertados, boxers aos quadradinhos abaixo da anca, a a pele branca a roçar-se na dela.
O toque fê-los dar um salto. O Citrôen AX de um modelo antigo deu cor ao rubor que traziam no rosto. No vidro sem sombra, os nós dos dedos apagavam o terno embaciamento da noite. Deixavam marcas e faziam barulho. Lá fora, o homem de farda azul olhava para eles e gozava o momento. Calças à pressa puxadas para cima, as cuequinhas de renda arrastadas das pernas, sandálias que voltavam aos pés e um salto para a rua. Só ele, que ela estava demasiado embaraçada para existir.
Nos outros carros observava-se agora o Rio e a Ponte. A lua dava sinais de tréguas e todos respiravam fundo, os que não tinham sido surpreendidos pelos dedos da farda. Ele dava desculpas e tentava provar que não, que não era atentado ao pudor, que ali todos faziam o mesmo, que não havia crianças, nem velhinhos, nem turistas a passear ao longo da noite. No banco da frente, ela ouvia baixinho o que se passava lá fora. Via-o humilde e quase arrependido, à procura de uma justificação para não lhe resistir. Teve medo.
Tinham passado 24 horas. Ele esperava agora pelo homem da farda azul, numa rua algures na cidade. Sítio combinado, talvez perto da esquadra, ele nem sabia bem. No bolso, a vergonha da noite anterior e uma nota de 20 euros. Não se pedia mais a um rapaz de 19 anos. Viu-o chegar, assobio na boca e cassetete à cintura, talvez sem nunca ter sido usado. Ela em casa, a criar imagens de uma situação que não vivera até ao fim mas que também provocara. O arrependimento era de ter sido apanhada e prometeu não repetir a proeza. Pelo menos ali, à beira-Tejo. O polícia aproximou-se e sentiu-se satisfeito por ter criado problemas a mais alguém. Pouco importava se uma casa era roubada, ali ao lado, se uma mulher era violada, se uma idosa era espancada. Aquele rapazinho tinha de pagar por amar alguém, assim, desenfreadamente, à vista de todos, sem vergonha. E o polícia, que há muito não sabia o que era o amor.
A conversa acabou com menos 20 euros no bolso e uma tentativa de receber mais. Livrava-o da prisão, e da multa maior, e da vergonha na esquadra, é certo... mas queria a sua parte, o suficiente para uma bica e talvez três ou quatro jolas, que a tarde estava para esquecer. Ele libertou-se da nota sem medo. As mesmas calças que antes tinham sido arrastadas pernas abaixo, guardavam agora o vazio de uma noite que tinha prometido ser densa. Não olhou para o homem fardado quando lhe passou o dinheiro para a mão. Fixou-se na farda e sentiu vergonha. Não por ter sido apanhado em plena noite da cidade a fazer amor com ela. Mas porque no dia em que vivia, um homem só trocava o pudor por uma nota de 20.
by Samantha
O toque fê-los dar um salto. O Citrôen AX de um modelo antigo deu cor ao rubor que traziam no rosto. No vidro sem sombra, os nós dos dedos apagavam o terno embaciamento da noite. Deixavam marcas e faziam barulho. Lá fora, o homem de farda azul olhava para eles e gozava o momento. Calças à pressa puxadas para cima, as cuequinhas de renda arrastadas das pernas, sandálias que voltavam aos pés e um salto para a rua. Só ele, que ela estava demasiado embaraçada para existir.
Nos outros carros observava-se agora o Rio e a Ponte. A lua dava sinais de tréguas e todos respiravam fundo, os que não tinham sido surpreendidos pelos dedos da farda. Ele dava desculpas e tentava provar que não, que não era atentado ao pudor, que ali todos faziam o mesmo, que não havia crianças, nem velhinhos, nem turistas a passear ao longo da noite. No banco da frente, ela ouvia baixinho o que se passava lá fora. Via-o humilde e quase arrependido, à procura de uma justificação para não lhe resistir. Teve medo.
Tinham passado 24 horas. Ele esperava agora pelo homem da farda azul, numa rua algures na cidade. Sítio combinado, talvez perto da esquadra, ele nem sabia bem. No bolso, a vergonha da noite anterior e uma nota de 20 euros. Não se pedia mais a um rapaz de 19 anos. Viu-o chegar, assobio na boca e cassetete à cintura, talvez sem nunca ter sido usado. Ela em casa, a criar imagens de uma situação que não vivera até ao fim mas que também provocara. O arrependimento era de ter sido apanhada e prometeu não repetir a proeza. Pelo menos ali, à beira-Tejo. O polícia aproximou-se e sentiu-se satisfeito por ter criado problemas a mais alguém. Pouco importava se uma casa era roubada, ali ao lado, se uma mulher era violada, se uma idosa era espancada. Aquele rapazinho tinha de pagar por amar alguém, assim, desenfreadamente, à vista de todos, sem vergonha. E o polícia, que há muito não sabia o que era o amor.
A conversa acabou com menos 20 euros no bolso e uma tentativa de receber mais. Livrava-o da prisão, e da multa maior, e da vergonha na esquadra, é certo... mas queria a sua parte, o suficiente para uma bica e talvez três ou quatro jolas, que a tarde estava para esquecer. Ele libertou-se da nota sem medo. As mesmas calças que antes tinham sido arrastadas pernas abaixo, guardavam agora o vazio de uma noite que tinha prometido ser densa. Não olhou para o homem fardado quando lhe passou o dinheiro para a mão. Fixou-se na farda e sentiu vergonha. Não por ter sido apanhado em plena noite da cidade a fazer amor com ela. Mas porque no dia em que vivia, um homem só trocava o pudor por uma nota de 20.
by Samantha
break free
quero tempo
para pensar,
para parar,
para dormir,
para amar,
para sorrir,
para dançar,
para dar,
para viajar,
para disfrutar,
para receber,
para escrever,
para observar,
para imaginar,
para sonhar,
para sofrer,
para doer,
para sentir,
para viver,
e acima de tudo:
para Ti.
e isso é tudo o que interessa
para pensar,
para parar,
para dormir,
para amar,
para sorrir,
para dançar,
para dar,
para viajar,
para disfrutar,
para receber,
para escrever,
para observar,
para imaginar,
para sonhar,
para sofrer,
para doer,
para sentir,
para viver,
e acima de tudo:
para Ti.
e isso é tudo o que interessa
quinta-feira, 7 de maio de 2009
o que é
...é um não sei quê, vem não sei donde, dói não sei porquê, e acaba não sei como...
Luís de Camões
Luís de Camões
quarta-feira, 6 de maio de 2009
from someone i know [plágio...]
mergulhamos nas palavras, elas aquecem
mergulhamos nos gestos, eles queimam
não, ainda não entendeste o que eu sinto
mergulhamos no silêncio, ele magoa
mergulhamos no ruído, ele incomoda
não, continuas sem entender o que te digo
mergulhamos em certezas, elas confortam
mergulhamos em dúvidas, elas enlouquecem
desisto de tentar mostrar o que não queres ver
mergulhamos na solidão, ela consola
mergulhamos na multidão, ela irrequieta
fim de conversa
mergulhamos nos gestos, eles queimam
não, ainda não entendeste o que eu sinto
mergulhamos no silêncio, ele magoa
mergulhamos no ruído, ele incomoda
não, continuas sem entender o que te digo
mergulhamos em certezas, elas confortam
mergulhamos em dúvidas, elas enlouquecem
desisto de tentar mostrar o que não queres ver
mergulhamos na solidão, ela consola
mergulhamos na multidão, ela irrequieta
fim de conversa
terça-feira, 5 de maio de 2009
excessivo
eu quis um violino no telhado
e uma arara exótica no banho.
eu quis uma toalha de brocado
e um pavão real do meu tamanho.
eu quis todos os cheiros do pecado
e toda a santidade que não tenho.
eu quis uma pintura aos pés da cama
infinita de azul e perspectiva.
eu quis ouvir ouvir a história de Mira Burana
na hora da orgia prometida.
eu quis uma opulência de sultana
e a miséria amarga da mendiga.
eu quis um vinho feito de medronho
de veneno, de beijos, de suspiros.
eu quis a morte de viver dum sonho
eu quis a sorte de morrer dum tiro.
eu quis chorar por ti durante o sono
eu quis ao acordar fugir contigo.
mas tudo o que é excessivo é muito pouco.
por isso fiquei só, com o meu corpo.
Rosa Lobato Faria
e uma arara exótica no banho.
eu quis uma toalha de brocado
e um pavão real do meu tamanho.
eu quis todos os cheiros do pecado
e toda a santidade que não tenho.
eu quis uma pintura aos pés da cama
infinita de azul e perspectiva.
eu quis ouvir ouvir a história de Mira Burana
na hora da orgia prometida.
eu quis uma opulência de sultana
e a miséria amarga da mendiga.
eu quis um vinho feito de medronho
de veneno, de beijos, de suspiros.
eu quis a morte de viver dum sonho
eu quis a sorte de morrer dum tiro.
eu quis chorar por ti durante o sono
eu quis ao acordar fugir contigo.
mas tudo o que é excessivo é muito pouco.
por isso fiquei só, com o meu corpo.
Rosa Lobato Faria
domingo, 3 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
first twins
between all the prime numbers there are some that are even more special.
mathematicians call them 'first twins': they are couples of prime numbers that always stay near, one to the other; or rather 'quite' near, because between them there is always an even number that doesn't allow them to touch each other.
Numbers like 11, 13 or like 17, 19... 41, 43.
If you have enough time and patience to count, it will be obvious that these couples will thin out. More and more prime and isolated numbers will appear, lost in that silent and measured space built only by digits.
as we go along, it looks like all these couples are all 'accidentally' together.
and, anyway, their only true destiny would be to stay alone. Then, just when it's clearly visible... when nobody would continue to count... that's it: first twins, clutched, squeezed.
mathematicians say that, counting infinitesimally, there would always exist another 'first twins': even if nobody knows where, when...
You and me are just it, first twins: near, whenever you decide it, but however not able to touch...
mathematicians call them 'first twins': they are couples of prime numbers that always stay near, one to the other; or rather 'quite' near, because between them there is always an even number that doesn't allow them to touch each other.
Numbers like 11, 13 or like 17, 19... 41, 43.
If you have enough time and patience to count, it will be obvious that these couples will thin out. More and more prime and isolated numbers will appear, lost in that silent and measured space built only by digits.
as we go along, it looks like all these couples are all 'accidentally' together.
and, anyway, their only true destiny would be to stay alone. Then, just when it's clearly visible... when nobody would continue to count... that's it: first twins, clutched, squeezed.
mathematicians say that, counting infinitesimally, there would always exist another 'first twins': even if nobody knows where, when...
You and me are just it, first twins: near, whenever you decide it, but however not able to touch...
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