quinta-feira, 2 de abril de 2009

encosta-te a mim

Nós já vivemos cem mil anos [talvez eu esteja a exagerar...]
Dá cabo dos teus desenganos, não queiras ver quem eu não sou, deixa-me chegar.
Chegado da guerra, fiz tudo p'ra sobreviver, em nome da terra [no fundo p'ra te merecer].
Recebe-me bem[, não desencantes os meus passos] faz de mim o teu herói: não quero adormecer.

Desatinamos tantas vezes, vizinha de mim: deixa ser meu o teu quintal.
Recebe esta pomba que não está armadilhada, foi comprada, foi roubada, seja como for...

Eu venho do nada porque arrasei o que não quis em nome da estrada onde só quero ser feliz.
Vai desarmar a flor queimada. Vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.

Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo.
O que não vivi, hei-de inventar contigo
Sei que não sei, às vezes entender o teu olhar, mas quero-te bem
Encosta-te a mim.

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