pinto a carvão e a pincel,
borrões, marcas, manchas,
numa simples folha de papel
traço o desejo e pinto objectivos:
revelo uma estranha visão,
criada por movimentos assíncronos e desajustados
da minha mão
encho uma tela do sangue que pulsa,
ainda quente,
no meu coração.
desenho a fé, e a alma,
com tons escuros e difusos,
seguindo um mapa antigo,
que não revela o seu rumo
preencho-a com personagens libertos da razão,
reflexos e fractais de mim mesmo,
que sem se darem conta seguem o seu próprio guião,
em cenários e sonhos de uma tela de cinema
num golpe de mestria: assino.
e admiro a tela cheia de côr, sons e luz,
de sensações e expressões,
de alegrias e desesperos,
de vitórias e derrotas,
satisfeito, sorrio
afasto-me e sigo o meu caminho
deixando para trás o quadro da minha vida
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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1 comentário:
que saudades que eu tinha deste :)
há muito, muito tempo uma vez que me apoixonei.
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