sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

myself revealed [olhos nos olhos]

Sou alto e [acho que] não sou feio. Gosto de dançar, de esquecer tudo à volta e apenas sentir a música. Adoro música. Tem o poder de me transportar a lugares que não encontro na minha vida. O som do piano, toca directamente a minha alma como mais nada consegue.
Sou desconfiado por natureza, penso sempre que há segundas intenções na bondade dos outros, quando as coisas são demasiado boas, ou que me estão a tentar impingir alguma coisa. Para o mundo inteiro, eu sou reservado, mas para quem me conhece sou um livro aberto mesmo quando não digo nada. Nunca me revelo ao principio, a não ser que seja forçado a isso. Gosto de descobrir as pessoas, os lugares, a arte, com tempo, e deixar-las entrar lentamente em mim de forma que as sinta plenamente. Não me interessa o que o Mundo pense de mim, mas tenho necessidade de aceitação daqueles que considero importantes.

Embora pareça que tudo me passa ao lado, sinto tudo à minha volta e adoro reparar nos detalhes, nos gestos das pessoas, nos olhares, na voz, na cor, sons e cheiros; parece que ao reparar tudo se torna especial. Acredito na magia dos momentos inesperados, e que se pode encontrar a verdade na espontaneidade. Sou introspectivo, e dentro de mim [para o melhor e para o pior] borbulha sempre um mundo maior que eu.
Sou romântico, acredito a sério no amor eterno, total e incondicional [ainda que dure apenas um segundo], mas ainda não encontrei a minha rainha [ou ela não me encontrou a mim]. Adoro planear, criar e surpreender. Adoro genuinamente todas as pessoas que de uma forma ou outra fazem parte do meu mundo, tenho a consciência que é com elas que aprendo, cresço e posso ser melhor. Adoro os meus amigos e os meus irmão. São meus e completam-me.
Gosto de debater, estar, defender e partilhar o meu mundo, as minha ideias, e quem sou, mas não em vão, e só com as pessoas que respeito de verdade. Sou apaixonado em [quase] tudo o que faço. Sou intenso, entrego-me de corpo e alma e assumo a 100%, ou nem sequer vou a jogo[não vale a pena].
Lido mal com as derrotas, sou muito competitivo, e embora não me ache melhor que ninguém, sei que posso sempre aprender mais e melhor. Sou bom no que faço, profissional, responsável e dedicado, e conquisto quem está comigo. Quero sempre conhecer alguém melhor que eu, porque quero conhecer e aprender. Gosto de ser desafiado: sou focado e estruturado, tento dar o meu máximo e acredito que consigo fazer [quase] tudo aquilo a que me dedico. A minha pior derrota, é sempre aquela que sinto que podia ter feito algo mais...

Não suporto a traição, e a desconfiança corroi-me. Não gosto de jogos de poder, ou de manipulação de sentimentos, e não suporto as pessoas que se alimentam e vivem disso.
Acredito que toda a gente é um mundo, com milhares de possibilidades, virtudes e defeitos. Não gosto de gente que é estúpida por opção, acredito que há pessoas mais limitadas numas áreas mas que toda a gente tem potencial.

Adoro o mar, o universo e o fogo. Sinto-me pequeno ao pé deles e gosto de admirar os seus mistérios nas mais diversas formas.
Sou sério, mas adoro disparatar. Dizer uma série de coisas sem sentido e [/ou] ficar a filosofar sobre os temas mais complexos ou banais horas a fio.
Custa-me equilibrar os meu lados emocional vs. racional, profisisonal vs. pessoal, mas sei que finalmente estou a aprender a lidar com isso [é uma frase que repetirei até ao fim da minha vida].
Adoro escrever. Ser lido. Sinto que a escrita é uma janela para o meu mundo que não consigo monstrar de outra forma, e que é o meu refúgio onde tudo está em paz e equilibrado.
Tenho a mania de levar nos ombros um mundo maior que o meu, e preocupar-me com coisas que não devia nem que têm nada a ver comigo. Fecho-me demasiadas vezes em mim mesmo, não gosto de mostrar que também sou fraco como toda a gente, e prefiro deixar o mundo de fora a mostrar-lo. Normalmente sou forte, e consigo carregar com tudo, mesmo com os problemas de todos os outros [ou pelo menos acho que sim]. Por vezes, sou frágil e preciso de um abraço para afastar os medos e as dúvidas.

Tenho muitas falhas, muitos defeitos. Mas sei que também tenho algumas coisas boas, e que estou constantemente a tentar ser melhor. Sei quem sou. Sou o que sou, e [embora às vezes goste de viver fantasias] não preciso de máscaras nem outras personagens para poder andar de cabeça erguida.

Sem esconderijos, sem refúgios, sem medo, olho para toda a gente olhos nos olhos.

1 comentário:

joana alvim disse...

o q me ocupa no momento é pensar de tudo o que sou, o que é mais genuino? Que parte já era e que parte foi construida. Porque quem sou na prática, às vezes é mais uma personagem que eu acho que sou, porque toda a vida mo disseram, do que quem sou na realidade.E enquanto estas duas pessoas não se encontrarem....é uma canseira :)
Só sei que sou aparentemente mais fraca mas realmente bem mais forte.
E percebo quem tu és :)
Faz sentido para mim. Fico feliz.. pelo acaso. Acabamos sempre por nos encontrar.Nós.Estes.